Gil Vicente (1465-1536) é considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Há quem o identifique como ourives, autor da Custódia de Belém, e mestre de Retórica do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, actor e encenador. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também escreveu em castelhano – partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram governadas por regras rígidas. Foi, o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.
Algumas das suas obras:
o Auto da Fama (1516)
o Auto da barca do inferno (1517)
o Auto da barca do purgatório (1518)
o Auto da barca da glória (1519)
o Cortes de Júpiter (1521)
o Comédia de Rubena (1521)
o Farsa de Inês Pereira (1523)
o Auto pastoril português (1523)
o Frágua de amor (1524)
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